04/08/2017

Estresse no trânsito: você pode evitar

Viviane Salgado

O aumento sensível da quantidade de veículos nas ruas tem provocado congestionamento e tornado o tempo de deslocamento cada vez maior, principalmente em horários de pico. Observamos ainda a poluição sonora gerada pelos motores e buzinas, motoristas e pedestres não respeitam as regras de trânsito, aumento do índice de acidentes, comportamentos agressivos que desencadeiam agressividade do outro… enfim, um quadro caótico!
Todos os dias, recebemos notícias referentes ao estresse e as consequências que ele traz para as vidas das pessoas. É possível que os comportamentos inadequados das pessoas no trânsito possam ser provenientes do estresse do dia a dia. O próprio trânsito gera situações de estresse, fazendo com que o comportamento agressivo de um motorista, desencadeie agressividade de outros motoristas. Pesquisas comprovam que aproximadamente 85% dos acidentes que ocorrem no trânsito se devem a fatores humanos. A rotina cada vez mais acelerada dos dias atuais colabora para esta estatística.
A agressividade é o maior causador dos transtornos no trânsito. O veículo ao lado se torna um adversário e a agressividade é acentuada pelo estresse. O corpo reage de forma instintiva, e os princípios de civilidade são extinguidos. O abuso da ocupação do espaço público é visível. Esse espaço que de direito é de todos, deve ser dividido com tolerância e bom senso. E a agressividade expressada através dessas atitudes vai desencadeando outros problemas.
Dos comportamentos agressivos no trânsito os que apresentaram maior índice são: discussão por causa de alguma encostada que deram no seu veículo; acelerar para passar a tempo quando o sinal fica amarelo; ultrapassar em locais proibidos; cobrar fechadas; perigosamente acelerar; falar que só podia ser mulher ao volante; dirigir alcoolizado; ultrapassar os limites de velocidades estabelecidos; buzinar quando o motorista da frente se atrapalhar ou demorar, entre outros. Esses comportamentos representam o que acontece no trânsito, os homens na maioria se consideram bons motoristas e aí não admitem respeitar as regras, ou que o álcool faça diferença na percepção dos sinais de trânsito, na observação de possíveis perigos, na demora de reação frente aos obstáculos e perigos e que a velocidade é perfeitamente controlada por eles.
Segundo especialistas em Medicina do Trânsito, o organismo reage ao estresse causando consequências físicas e emocionais. O organismo reage enviando mensagens de tensão muscular, sensação de aperto no estômago, taquicardia, insônia, cefaléia, lombalgia, etc.
Quem trafega pelas principais vias da cidade precisam ter paciência e disposição. E para evitar os desgastes emocionais e físicos, os especialistas do trânsito passam algumas recomendações:
- Saia de casa com antecedência. O atraso gera ansiedade;
- Aprenda caminhos alternativos e fuja das grandes vias com trânsito intenso;
- Evite sair de casa logo após uma discussão, evitando descarregar sua raiva nos outros;
- Não ingerir álcool antes de dirigir;
- Dê preferência a ouvir músicas agradáveis ou rádio com conteúdo informativo tranquilo;
- Conte até dez antes de responder a insultos e gestos obscenos. Não revide fechadas;
- Seja mais tolerante com as falhas dos outros motoristas. A gentileza no trânsito ajuda a combater o estresse no próprio trânsito.
- Quando estiver no engarrafamento, faça exercícios respiratórios: inspire e respire lentamente.



Lembre-se: o seu estresse não vai fazer o trânsito ficar mais rápido!


Este texto foi publicado no Jornal Gazeta da Torre (Recife/PE), em junho 2017.